quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Programa de governo do PT defende intervenção na mídia, mais burocracia estatal e limites à liberdade de expressão


O jornal O Globo, em editorial, revela que o programa defendido pelo PT para um hipotético governo a partir de 2018 defende, dentre outras coisas, mais intervenção estatal, controle da mídia com limites à liberdade de expressão e menos privatização.

Programa do PT retoma filosofia do governo Lula II

Mais Estado, menos privatização e limites à liberdade de expressão, por meio da intervenção na mídia

A versão “Lulinha paz e amor”, moldada por marqueteiros e que fez o candidato petista ser sensato na política econômica do primeiro mandato, podendo o país aproveitar a onda de crescimento mundial sincronizado dos anos 2000, foi aposentada no segundo mandato e desativada de vez à medida que as investigações anticorrupção avançavam.
O ex-presidente voltou ao bunker nacional-populista ao ser condenado em primeira instância, por Sergio Moro, no caso do tríplex do Guarujá. A sentença de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, foi confirmada em segunda instância, e Lula, preso. Na sexta-feira, o programa de governo do PT para um hipotético terceiro mandato do ex-presidente foi lançado e traz de volta Lula e PT da década de 80. Carrega ideias alicerçadas na ideologia que fez o segundo governo Lula e os seis anos de Dilma empurrarem o Brasil para a maior recessão da história (mais de 7% no biênio 2015/16 e 14 milhões de desempregados).
Desbastado o texto de 70 páginas de previsíveis adereços politicamente corretos, fica um núcleo de propostas que retoma equívocos cometidos por Lula II e Dilma até levarem a presidente ao impeachment por crime fiscal. Citado como “golpe”, por óbvio, no programa.
Há compromisso com graves recuos: voltar ao monopólio estatal no pré-sal, conter privatizações e, mais uma vez, usar estatais para ativar investimentos e “reindustrializar” o país. O grande símbolo deste tipo de política são a Sete Brasil e os rombos que a empresa provocou na Petrobras, em bancos estatais e privados, bem como em fundos de pensão de servidores públicos. No subterrâneo desta aventura, transcorreu o maior escândalo de corrupção da história do país, o petrolão.

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