O radialista Fabiano Gomes vai para o presídio PB1, em João Pessoa, conforme decisão tomada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, durante uma audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (23), em João Pessoa. Ele foi um dos 26 denunciados pelo Ministério Público da Paraíba na Operação Xeque-mate, que investiga um esquema de corrupção na prefeitura de Cabedelo.
O radialista foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (22), em João Pessoa, e levado para a sede da PF em Cabedelo. A prisão preventiva foi determinada pelo desembargador João Benedito, do Tribunal de Justiça da Paraíba.
Ainda na quarta-feira (22), o advogado Rembrandt Asfora, que representa o comunicador Fabiano Gomes, informou que o radialista foi conduzido à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de uma das medidas cautelares decretadas contra ele na Operação Xeque-Mate. Ele também informou que o radialista tem colaborado com as investigações.
Segundo o desembargador que decretou a prisão preventiva, Fabiano Gomes descumpriu uma das medidas cautelares determinadas na decisão decorrente da 2ª fase da Xeque-mate. O TJPB explicou que o radialista deixou de comparecer periodicamente, em Juízo, entre os dias 1º e 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades.
No fundamento para decretar a prisão, João Benedito ressaltou que o Código de Processo Civil (CPC) dispõe que é dever da parte cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação.
A denúncia protolocada pelo MPPB aponta que a compra do mandato de Luceninha, prefeito de Cabedelo em 2013, foi uma ideia proposta pelo radialista Fabiano Gomes. A Operação Xeque-Mate foi deflagrada no dia 3 de abril, em sua primeira fase, com o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e cumpridos pela Polícia Federal. A segunda fase foi deflagrada no dia 19 de julho, com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão na casa e na empresa do radialista.
A operação foi desencadeada a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente da Câmara de Cabedelo, Lucas Santino. O parlamentar teria procurado a PF espontaneamente e, por não ter acesso a provas, a investigação foi iniciada.
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