A Companhia de Águas e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa) confirmou nesta sexta-feira (6) que retomou a captação flutuante no açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no Cariri paraibano. A medida foi tomada após a constatação de mudanças no cheiro, gosto e coloração na água que chega às tornais das casas dos moradores abastecidas pelo reservatório.
A captação flutuante é um sistema que pega água da superfície, tendo assim uma água com maior qualidade. No sistema tradicional, a captação de água do açude de Boqueirão é feita por uma comporta no fundo. Esse sistema flutuante havia sido montado quando Boqueirão entrou no volume morto, antes de começar a receber as águas da transposição do Rio São Francisco.
Desde o início da semana, a Cagepa já havia iniciado um processo de investigação para identificar o motivo da alteração na água. Após análises feitas dentro da companhia em parceria com laboratórios da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a Cagepa confirmou alterações no sabor e odor da água.
Segundo o coordenador da Cagepa, Ronaldo Menezes, a maior alteração foi percebida na presença de geosmina, uma substância, que, segundo os técnicos, está sendo liberada pelas algas. Apesar disso, a Cagepa garante que as alterações não tornam a água imprópria para o consumo nem causa prejuízos à saúde.
Como solução, além de retomar a captação flutuante, a Cagepa está alterando as medidas para o tratamento da água que sai de Boqueirão. De imediato também foram ajustadas as medidas de cloro e peróxido de hidrogênio. A companhia também pretende adotar o uso de carvão ativo, no tratamento, mas essa medida ainda não tem prazo, pois ainda depende de um processo burocrático.
“Essas são as medidas imediatas, e acreditamos que nos próximos dias a água vai voltar ao normal”, disse Ronaldo. Boqueirão abastece Campina Grande e outras 18 cidades do Agreste paraibano.
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