quarta-feira, 25 de julho de 2018

Na PB, coordenador da campanha de Lula prevê PT e PSDB no segundo turno




Para Sérgio Gabrielli, Jair Bolsonaro não é o principal adversário do PT e de Lula
A polarização entre PT e PSDB, vigente por eleições sucessivas, se repetirá em 2018. A previsão é do coordenador nacional da campanha de Lula, Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás.
Em entrevista ao Arapuan Verdade – da Rede Arapuan de Rádio, Gabrielli classificou o segmento inclinado a votar em Jair Bolsonaro como voto de protesto, mas sem potencial para chegar ao segundo turno da eleição.
“Se tiver segundo turno, acho que será Alckmin e o nosso candidato”, disse Sérgio, admitindo nas entrelinhas que outro nome do PT, fora Lula, pode figurar nas urnas.
“O PT terá até 17 de setembro para decidir pela retirada ou não de Lula”, estipulou.
Corrupção na Petrobrás
Sobre os desvios bilionários na Petrobrás, empresa da qual foi presidente de 2005 a 2012, Sérgio minimizou. “Ocorreu algum desvio? Evidente que houve”, admitiu, acrescentando que os roubos foram percentualmente pequenos em comparação com o faturamento anual da estatal.
“Qualquer dirigente de empresa grande não consegue controlar 0,5% nem de o orçamento de uma banca de revista, quanto mais do faturamento da Petrobrás”, justificou.
Lava Jato
Gabrielli criticou o que chama de espetacularização da Operação Lava Jato, responsável pela descoberta de um esquema de corrupção financiador de campanhas do PT e de partidos da base governista e até da oposição.
“Alguns julgamentos são espetaculosos, como é o caso do tríplex. Há um problema de injustiça e perseguição contra Lula”, formulou.
“A Lava jato virou uma grife, ameaçando requisitos fundamentais da democracia, como a presunção da inocência”, atacou.
Data vênia, doutor Gabrielli, mas a Lava Jato ameaça, principalmente, os corruptos, um ambiente que nunca o Judiciário se atreveu a enfrentar. Não por acaso, a nata da política brasileira trabalha para calá-la.

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